A figura em destaque deste desafio é a dama - esta personagem poderosa neste matriarcado disfarçado que é o xadrez, onde o rei pode ter prestígio, mas não tem força. A dama move-se para qualquer número de casas, horizontal, vertical ou diagonalmente. A dama é muito influente. Quando colocada no centro do tabuleiro, chega a controlar mais de 40% dele. Este fato deve ter inspirado Max Bezzel que, em 1848, numa revista enxadrística berlinense, propôs um célebre quebra-cabeça baseado nesta grande influência feminina. O problema correu mundo e motivou um razoável volume de artigos e análises. Ele pode ser expresso assim: qual o número máximo de damas que podem ser dispostas num tabuleiro, de modo que cada uma não seja atacada pelas demais? (Sempre me lembro dele no dia-a-dia entre mãe, sogra, mulher e duas filhas). Para o não-enxadrista, o problema pode ser mais bem colocado deste modo: qual o número máximo de damas que podem ser postas num tabuleiro, de modo que nenhuma fileira, coluna ou diagonal contenha mais que uma delas? É imediata a constatação de que esse número não pode exceder 8. Generalizando, para um tabuleiro de n x n casas, onde n > 3, consegue-se colocar n damas satisfazendo as condições do enunciado. O número de soluções varia conforme o tamanho do tabuleiro. Para o de 8 x 8 casas, existem 92 soluções, contudo apenas 12 são essencialmente diferentes, uma vez que as demais podem ser obtidas através de rotações e reflexões delas. Agora é com você: Apanhe um tabuleiro de xadrez do tipo 8x8 e procure dispor no mesmo OITO DAMAS conforme o problema do desafio proposto; ou seja, de forma que duas damas não fiquem nunca na mesma linha, coluna ou diagonal